terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Leite: confira mitos e verdades

Rico em cálcio e outras substâncias importantes para o organismo, o leite é um dos alimentos que mais gera dúvidas de consumo. Adultos não devem beber leite? O leite morno ajuda a dormir? Confira o que é verdade ou mito em relação ao leite.


Adultos não devem beber leite
Mito. De acordo com Gabriela Samico, nutricionista especialista em Ciência e Tecnologia de Alimentos e professora de Nutrição da Universidade Veiga de Almeida, o leite de vaca é um alimento importante, já que possui cálcio, proteínas de boa qualidade e, na versão desnatada, tem pouca gordura. “O problema é que à medida que crescemos, perdemos uma enzima chamada lactase, responsável por quebrar o açúcar do leite, a lactose. Sem essa enzima, ou com a sua produção deficiente, a lactose permanece intacta no intestino, disponível para ser fermentada por microrganismos, formando gases. É a chamada intolerância a lactose”, diz a nutricionista. Ela explica que já existe no mercado leite livre de lactose, que pode ser consumido por quem costuma sentir algum desconforto. “Derivados do leite, como queijos e iogurtes, possuem teores bem pequenos de lactose e, geralmente, não causam incômodo”, orienta a professora. 

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Leite ajuda a emagrecer
Verdade. Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) sugere que o consumo diário de 1200 mg de cálcio (cerca de 4 copos de leite), associado a dieta equilibrada e exercícios físicos, ajuda na perda de peso e redução da gordura, especialmente, na região abdômen. Durante a pesquisa, voluntários chegaram a perder 15 quilos e reduzir 20 centímetros na cintura, após 5 meses de monitoramento. Para suprir a necessidade de cálcio e ajudar no emagrecimento, os cientistas recomendam o consumo de leite desnatado e queijo branco, tipo Minas. 

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Quem sofre com rinite alérgica não deve beber leite
Parcialmente verdade. De acordo com Gabriela Samico, o consumo de leite não causa a alergia, mas pode aumentar a quantidade de muco, agravando problemas respiratórios já existentes, como sinusite e rinite alérgica. “Geralmente, o problema surge na infância, nos primeiros contatos com o leite, quando a proteína do leite de vaca é reconhecida pelo nosso organismo como um corpo estranho e é combatida, provocando assim a alergia”, orienta a nutricionista. Gabriela lembra que quem possui alergia à proteína do leite deve evitar sua ingestão. “Os sintomas mais frequentes são cólicas, diarréias, problemas respiratórios, além de coceira nos olhos, nariz e pele”, diz a professora.

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O leite materno pode ser substituído pelo leite de vaca
Mito. De acordo com Gabriela Samico, “o leite materno é o primeiro alimento que consumimos na vida. Ou deveria ser. Ele possui anticorpos e todos os nutrientes que os bebês necessitam até os 6 meses de idade. A composição química do leite de vaca é diferente e somente o pediatra pode sugeri-lo como substituto ao leite materno, quando houver necessidade”.

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Mulheres na menopausa devem aumentar o consumo de leite
Parcialmente verdade. Após a menopausa, a mulher pode apresentar perda de massa óssea, que aumenta o risco de osteoporose. Para evitar o problema, a nutricionista Gabriela Samico recomenda consumir alimentos ricos em cálcio desde cedo. “Em geral, 2 a 3 copos de leite suprem a necessidade diária de cálcio. Se for necessário, o médico poderá receitar uma suplementação do cálcio, já que o mineral é essencial para a saúde da mulher nessa fase da vida”, explica a nutricionista. 

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Leite faz bem para o coração
Verdade. Publicado na revista científica American Journal of Clinical Nutrition, estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Wageningen, na Holanda, indica que beber 3 copos de leite por dia pode diminuir em até 18% o risco de doenças cardíacas. Conduzida por cientistas da Universidade de Cardiff e Universidade de Reading, na Inglaterra, outra pesquisa sugere que o consumo regular de leite reduz em 20% a incidência de casos graves de infarto e derrame. Os cientistas britânicos também verificaram que o leite ajuda a reduzir os níveis do mau colesterol (LDL).

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O leite de soja é um bom substituto para o leite de vaca, já que contém a mesma quantidade de cálcio
Parcialmente verdade. “Não são todas as marcas que apresentam o enriquecimento com cálcio. Para usufruir dos mesmos benefícios encontrados no leite de vaca, é preciso que o consumidor fique atento às informações da embalagem”, explica a nutricionista Gabriela Samico. Vale lembrar que cada copo de leite contém cerca de 300mg de cálcio. O mineral também pode ser encontrado no leite de cabra, feijões, amêndoas e vegetais verde-escuro, como brócolis, couve, agrião e salsa. 

8
Beber leite morno ajuda a dormir
Parcialmente verdade. De acordo com Helena Camargo, engenheira de alimentos da Piracanjuba, “o leite é rico em triptofano, aminoácido que modula a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar, que é convertido em melatonina, o hormônio do sono”. Por outro lado, estudo do American Board of Sleep Medicine indica que o triptofano atua apenas na primeira fase do sono, quando a pessoa começa a ficar sonolenta. Segundo os cientistas, o leite morno deve ser acompanhado por algum carboidrato, como pão com mel, para estimular o sono. 

ACESSADO EM<http://gnt.globo.com/saude/alimentacao/Leite--confira-mitos-e-verdades.shtml>

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O peixe na dieta japonesa

É mais que natural que o peixe faça parte da dieta japonesa. Afinal, o país é formado por um conjunto de ilhas. A mesma lógica, no entanto, não vale para o Brasil. Embora o País tenha um imenso litoral, ele ainda não faz parte do cardápio da população, seja pela falta de hábito, seja pelo preço elevado. Os estudos mais recentes apontam que os nutrientes do peixe estão intimamente ligados à longevidade japonesa.


O peixe fresco contém uma proporção alta de proteína e é rico em aminoácidos, vitaminas e gordura. Tudo isso é indispensável para um corpo saudável. Sua gordura é composta de ácidos poliinsaturados e um pequeno índice de colesterol. A proporção desses itens varia de acordo com a espécie.

Não importa o tamanho, o peixe sempre possui menos colesterol e gordura saturada que a carne bovina ou de porco. Os ricos em óleo — como o atum, a cavalinha, a sardinha e o bonito — têm níveis altos de ácido eicosapentenóico, que ajuda a reduzir o colesterol e impede o endurecimento das artérias. Peixe também é ideal em uma dieta para perder peso ou para diminuir o nível de sódio no organismo.

Os mais utilizados pelos restaurantes japoneses no Brasil são o salmão e o atum, principalmente no preparo de sushis e sashimis. Eles são ricos em vitaminas A, do complexo B e ômega 3, que reduz o colesterol e a taxa de triglicérides, dissolve placas de gordura e ajuda no tratamento e prevenção do câncer de mama.

Acessado em<http://madeinjapan.uol.com.br/2006/07/12/o-peixe-na-dieta-japonesa/>