Tradicionalmente associados a momentos de relaxamento, os chás podem ser grandes aliados da saúde. Da má digestão a varizes, passando pelo emagrecimento, as ervas podem ser muito benéficas quando incluídas na rotina.
A farmacêutica Jislaine Guilhermino, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), explica que as flores de macela podem ser aliviar a má digestão e cólicas intestinais. “O ideal é consumir uma xícara do chá, quatro vezes ao dia”, diz a farmacêutica. A pesquisadora orienta o consumo de castanha-da-índia para quem deseja fortalecer os cabelos, tratar varizes e hemorróidas. Neste caso, o chá deve ser preparado a partir das sementes sem cascas. “Indico o consumo de uma xícara de chá, duas vezes ao dia, logo após as refeições”, complementa. Para emagrecimento, chás são opção econômica e saudávelEspecialista em fitoterapia, a nutricionista Paula Fernandes Castilho, diretora da consultoria em nutriçãoSabor Integral Consultoria, reforça que o uso dos chás para emagrecimento pode ser uma alternativa econômica e saudável. “Carqueja, cavalinha e centella asiática são ótimos para quem deseja perder peso. O chá verde acelera o metabolismo. É possível perder, aproximadamente, quatro quilos com a ingestão de quatro xícaras diárias deste chá. O consumo deve acontecer longe das refeições e jamais à noite, já que pode interferir na qualidade do sono”, complementa a nutricionista. Já para problemas reumáticos, Jislaine sugere a ageratum conyzoides, conhecida como mentrasto e catinga de bode, como eficiente no alívio de dores articulares, como artrite, artrose e reumatismo. Mas ela não deve ser ingerida por pessoas com problemas hepáticos. “Devem ser consumidas de duas a três xícaras diárias para obter efeito”, indica. “É preciso respeitar as indicações quanto a forma de preparo, quantidade e frequência de consumo, de acordo com a espécie de planta consumida”, ressalta.Chás em sachês são apenas aromáticosA forma de preparo mais comum, rápida e eficaz dos chás é a infusão. “Basta ferver a água e colocar a quantidade estipulada da erva a ser consumida na água já fervida. Abafar por três a cinco minutos e consumir em seguida”, explica Paula. Para quem prefere a praticidade dos saches, Paula alerta: “Os chás em sachês, vendidos em supermercados, não possuem os fitoquímicos necessários para ação completa no organismo. Eles são apenas aromáticos”. No entanto, a nutricionista explica que os chás instantâneos, colocados diretamente na água, podem ser benéficos. “Os produtos que contém extrato seco da erva são eficazes. Portanto, é preciso ler atentamente o rótulo antes de comprar”. Paula diz que as cápsulas compostas por extrato seco também possuem efeito, desde que acompanhadas de ingestão adequada de líquidos – no mínimo dois litros por dia. “As cápsulas são ótimas alternativas para quem não gosta de tomar chá”, explica. Jislaine lembra que o chá é um alimento e, portanto, são permitidas alegações terapêuticas ou medicamentosas no rótulo deste produto. “O uso indiscriminado dos chás para a prevenção ou tratamento de alguma patologia, sem prescrição médica, pode acarretar em riscos à saúde. O excesso pode levar a problemas hepáticos e renais, entre outros”, orienta a pesquisadora.
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